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05/10/2020

O DIA DA VITÓRIA – 75 anos


O DIA DA VITÓRIA – 75 anos


                                                                                     Wellington Corlet dos Santos (*)

1. O SIGNIFICADO E A IMPORTÂNCIA
O mês de maio, além do Dia das Mães, trouxe consigo, também, diversas datas importantes sobre as quais devemos refletir e nos orgulhar, porque representam, de um certo modo, conquistas no povo brasileiro ou da humanidade, tais como os dias do: Trabalho; da Liberdade de Imprensa; dos Museus, do Marechal Rondon; do Geógrafo; do Geólogo; do Expedicionário; da Cruz Vermelha;  da Abolição da Escravatura; da Batalha de Tuiuti, dos “peacekeepers”, e o Dia da Vitória, este último, objeto deste artigo.
A nossa geração muito tem discutido, em todos os ambientes, sobre temas ligados à humanidade, Globalização, Organização das Nações Unidas, Direitos Humanos, Comunidade Internacional, Estado Democrático de Direito, Geopolítica, Economia, Saúde, novas tecnologias, temas que, à primeira vista, parecem bem atuais.  
Mas na realidade, são temas até antigos, que possuem importância até hoje, e que possuem uma estreita ligação com a Segunda Guerra Mundial e o Dia da Vitória.
O Dia da Vitória só poderá ser compreendido, na sua completa essência, pelas pessoas que lá estiveram, naquele dia 8 de maio de 1945, há 75 anos.
Entretanto, o estudo da História nos permite “testemunhar, sentir e entender” um pouco mais sobre aquele momento, pelos pontos de vistas dos nossos antepassados.
E, para que haja essa mudança de ponto de vista, e possamos voltar no tempo 75 anos, precisaremos conhecer, objetivamente, a situação em que os nossos antepassados viviam e os problemas que eles enfrentavam.
 O Dia da Vitória, portanto, não representa apenas sucessos individuais, de alguma classe ou categoria, ou apenas de uma nação, mas representa a vitória da humanidade, e também, da Nação Brasileira. 
Neste sentido, a vitória alcançada pelos Aliados na Segunda Guerra Mundial foi resultado da união de pessoas e nações que, acreditando nos ideais de Liberdade, Igualdade e Democracia, coordenaram e realizaram esforços, lutando até a morte, por um objetivo comum, que foi o fim dos regimes fascistas e nazistas. 
Fato é que, até hoje, anualmente, ao contrário do que acontece no Brasil, diversos países realizam grandes celebrações, com destaque para os Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália e Rússia.
Naquele distante 8 de maio de 1945, todos os meios de comunicação e de imprensa, de todas as partes do mundo ocidental, anunciaram o fim da Segunda Guerra Mundial. 
Extasiadas multidões festejavam o fim de uma hecatombe que havia devastado a economia de dezenas de países, consumido a vida de aproximadamente 60 milhões de pessoas e deixado conseqüências até hoje.
No Brasil, Heron Domingues, a “Voz do Repórter Esso”, anunciava: “A Rádio de Hamburgo, depois de transmitir o crepúsculo dos Deuses durante muitas horas, acaba de anunciar que o Füher morreu! Terminou a Guerra! Terminou a Guerra! Terminou a Guerra!”
Poucos da nossa geração, já eram nascidos naquele tempo e, ao contrário do que muitos incautos pensam hoje, eles não comemoravam uma vitória dos militares sobre um inimigo, mas comemoravam o fim da guerra, o fim do totalitarismo e do racismo, e a vitória da vida, da humanidade, da paz, da liberdade, da igualdade, da democracia e do povo brasileiro.
E tal foi a importância daquele dia que, no Brasil, o Presidente Getúlio Vargas editou o Decreto–Lei nº 7.532, “considerado feriado nacional o dia 8 de maio de 1945, em comemoração do término da guerra na Europa”.
Por esses motivos, é muito importante que esses fatos sejam passados de geração para geração, sempre mostrando aos mais jovens, as grandes dificuldades e desafios enfrentados pelas gerações anteriores.
Vida, paz, liberdade, igualdade e democracia, para os que viveram naqueles tempos difíceis, não soam apenas como “palavras de ordem vazias”, soam como conquistas obtidas através de muitos e inigualáveis sacrifícios.
Portanto, antes que relembrado como um dever patriótico apenas no meio militar, deve sim, o Dia da Vitória, ser comemorado por todos, como um direito cívico sagrado, conquistado por todos os brasileiros. 
O Dia da Vitória coroa todo o “esforço de guerra” realizado pelo Brasil, entre 1941 e 1945, dignificando o nosso povo, nos fazendo visíveis para a Comunidade Internacional, nos dando orgulho, segurança e exemplos para o futuro. Por esses motivos, esse dia especial merece ser lembrado, estudado, discutido e cultuado, não somente nos quartéis pelos militares, deve ser lembrado sim, por todos os cidadãos, nas ruas, nas praças, nos eventos cívicos, nas assembléias legislativas, nas câmaras municipais, nas universidades e faculdades, nas escolas, nas representações diplomáticas, e em todos os lugares onde houver um brasileiro.
Ironicamente, nos dias atuais, o desconhecimento sobre a nossa própria História tem nos conduzido, em primeiro plano, a comemorar e homenagear apenas as vitórias no esporte e na política, deixando cair no esquecimento fatos históricos de grande significado, tal qual o Dia da Vitória.
Neste contexto, torna-se importante ressaltar aos mais jovens que, do fim da Segunda Guerra Mundial e do Dia da Vitória, surgiram: a Declaração Universal dos Direitos Humanos; a Organização das Nações Unidas; os “Peacekeepers” (Boinas-azuis da ONU); as Convenções de Genebra (1949), contribuindo largamente com o Direito Internacional dos Conflitos Armados; as novas tecnologias na Medicina, a criação do Estado de Israel, dentre outros.
No Brasil, a participação na guerra e o Dia da Vitória provocaram a criação da Legião Brasileira de Assistência, da Companhia Siderúrgica Nacional, e o fim do Estado Novo de Getúlio Vargas, trazendo a redemocratização e a Constituição de 1946, dentre outros.
Mas essas conquistas tiveram um alto preço, que foi pago com o sangue, dos milhares de brasileiros que morreram por causa da guerra, e com o trabalho incansável dos que sobreviveram.
Representou na guerra, o antigo estado de Mato Grosso, o 9º Batalhão de Engenharia – 9º BE, de Aquidauana - MS, integrando a Força Expedicionária Brasileira – FEB, que tomou parte em todas as batalhas na Campanha da Itália.
Há 75 anos, os nossos avós enfrentaram desafios muito maiores, piores e por mais tempo, do que os que temos enfrentado atualmente: enfrentaram uma guerra de proporções mundiais; crises financeiras; elevados índices de desemprego; fome; miséria; doenças; racionamentos de recursos; ideologias e sistemas políticos nocivos à humanidade; racismo; dentre outros. E venceram!
Eles venceram e nos legaram a Paz, a Liberdade, a Igualdade, a Democracia, o Estado Democrático de Direito, materializados e perpetuados em vários tratados internacionais e ordenamentos jurídicos nacionais de diversos países, tudo isso representado  apenas por três palavras: “Dia da Vitória".
Consciente de todos esses significados, e dando um belo exemplo para o Brasil, a Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul – ALMS, anualmente, realiza uma Sessão Solene evocando essa “magna” data. 
Que sirvam, os exemplos de sacrifício da geração de 1940, como inspiração para a atual e para as futuras gerações.
Viva o Dia da Vitória!

2. A FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA - FEB
Após ter a soberania agredida traiçoeiramente pelos nazifascistas, com o torpedeamento e afundamento de mais de 35 navios mercantes brasileiros, inclusive no nosso próprio litoral, o Governo Brasileiro, em 22 de agosto de 1942, declarou estado de beligerância contra o “Eixo”, denominação dada à aliança formada pelos países ALEMENHA, ITÁLIA e JAPÃO.
Dentre as diversas contribuições que o Brasil prestou aos aliados, a Força Expedicionária Brasileira – FEB foi um dos mais significativos. A FEB foi instituída em 9 de agosto de 1943, com 25.334 brasileiros, carinhosamente chamados de “pracinhas”, oriundos dos mais diversos rincões do Brasil e de todas as classes sociais, etnias e religiões (74 eram mulheres que atuaram como enfermeiras), os quais foram enviados à Itália, entre os anos de 1944 e 1945, para lutar na Europa ao lado dos países Aliados contra os países totalitários do Eixo Nazi-fascista.
O comando dessa força coube ao Gen João Batista Mascarenhas de Morais, que havia sido Comandante, em 1937, da 9ª Região Militar, sediada em Campo Grande – MS.
A FEB desembarcou no Teatro de Operações da Itália em 16 de julho de 1944, tendo lá permanecido por mais de um ano, durante os quais, 239 dias atuando em duros combates. Dentre as inúmeras batalhas em que participou, sempre vencendo, conquistou o Monte Castello, um dos mais importantes baluartes defensivos alemães no Norte da Itália, em 21 de fevereiro de 1945, libertou a cidade de Montese, entre os dias 14 a 17 de abril de 1945, e obteve a rendição incondicional da 148ª Divisão de Infantaria alemã e da Divisão Bessaglieri italiana, fazendo mais de 15 mil Prisioneiros de Guerra.
Para o Brasil, o envolvimento na Guerra deixou 1.532 mortos, 2.700 feridos, 35 Prisioneiros de Guerra, 23 extraviados e 35 navios afundados, além do incontável número de seringueiros que morreram na Amazônia em busca da borracha que alimentava a indústria bélica dos países aliados. 

3. A CONTRIBUIÇÃO DE MATO GROSSO DOS SUL
Neste contexto, coube a Mato Grosso do Sul, na época integrando o antigo estado uno de Mato Grosso, a tarefa de mandar para a guerra na Itália o 9º Batalhão de Engenharia – 9º BE, atualmente denominado 9º Batalhão de Engenharia de Combate - 9º BECmb, o "Batalhão Carlos Camisão", de Aquidauana, comandado pelo Coronel José Machado Lopes, com 679 militares, tendo sido essa a primeira unidade do Exército Brasileiro a entrar em ação na Itália, com participação em todas as operações e combates afetos às tropas brasileiras. 
Dentre os “pracinhas” do 9º BECmb, havia pelo menos uma dezena de índios, com destaque para os Terena. Recentes pesquisas já confirmaram a presença de indígenas oriundos da Aldeia Bananal, da Aldeia LimãoVerde; da Aldeia Água Branca, e da Aldeia de Lalima, abrangendo as nações Kadiwéu, Kinikinao e Terena, dentre outras, que cumpriram as suas missões honrando as suas tradições indígenas do “VUCÁPANAVO”! ou “Sempre avante, nunca retroceder!”.
Além do 9º BE Cmb, Mato Grosso do Sul contribuiu com diversos pracinhas que integraram outros regimentos de outros estados.
Dentre as missões cumpridas pelo 9º BECmb destacam-se: a construção de 17, 5 Km de estradas; a reparação de 130 Km de estradas; a construção de 12 pontes Bailey e 6 de outros tipos de pontes; a reparação de 12 pontes diversas; a retirada (desminagem) de 3198 minas anti- tanques; a retirada (desminagem) de 1709 minas anti-pessoal; a instalação de 13 pontos de abastecimento de água; e a realização de 49 reconhecimentos de Engenharia.
Os seguintes integrantes do 9º Batalhão de Engenharia morreram combatendo os nazifascistas na Itália, durante a guerra: 
Cb HARRY HADLICK (Natural de Jaraguá do Sul – SC)
Sd JOSÉ GARCIA LOPES FILHO (Natural de São João Nepomuceno – MG)
Sd JOSÉ JANUÁRIO DA COSTA (Natural de Santos Dumont – MG)
3º Sgt LUIZ RIBEIRO PIRES (Natural do Rio de Janeiro – RJ)
Sd MANOEL DE SOUZA (Natural de Além Paraíba – MG)
2º Sgt OSWALDINO MENDES ROCHA (Natural de Itassu – ES)
Sd OTACÍLIO DE SOUZA (Natural do Rio de Janeiro – RJ)
Sd WALDEMAR MARCELINO DOS SANTOS (Natural de Corumbá – MS)

4. OS SUL-MATO-GROSSENSES QUE SE SACRIFICARAM PELO BRASIL
Os seguintes militares, naturais do atual Estado do Mato Grosso do Sul (MS), que integravam outros regimentos, morreram na guerra, combatendo os nazifascistas na Itália: 
Sd Alcebiades Bobadilha da Cunha (6º RI) (Porto Murtinho)
Sd Gregório Vilalva (1º RI) (Aquidauana)
Sd Hugo Gonçalves (11º RI) (Rio Brilhante)
Sd  João Maria Silveira Marques (6º RI) (Rio Brilhante)
Sd Sebastião Ribeiro (6º RI) (Ponta Porã)
Sd Simeão Fernandes (6º RI) (Porto Murtinho)
Sd Teodoro Sativa (6º RI) (Bela Vista)
Sd Thomaz Antônio Machado (6º RI) (Ponta Porã)

Inicialmente, durante a guerra, todos esses heróis foram sepultados no Cemitério de Campanha de Pistóia, na Itália. Em 1960, por iniciativa do Marechal Mascarenhas de Moraes, os seus restos mortais foram trasladados, com grandes homenagens de uma Pátria enlutada e agradecida, para o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial – MNMSGM, localizado no Rio de Janeiro – RJ.
“Aquele que morre pelo seu país, o serve mais em um só dia do que todos os outros em todos os dias de suas vidas” (Péricles)

5. A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS VETERANOS DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA- ANVFEB
A Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (ANVFEB) foi fundada em 16 de julho de 1963, no Rio de Janeiro – RJ. É uma sociedade cívica, cultural e recreativa, reconhecida como “de utilidade pública” pelo Decreto Presidencial nº 91.904, de 12 NOV 1985, e que tem por finalidade estreitar e prolongar os laços de camaradagem e de solidariedade humana, entre os veteranos e os seus familiares, os demais sócios e amigos, assim como rememorar a história e as glórias do Brasil, na 2ª Guerra Mundial.
Possui como princípios: a defesa da paz, com liberdade; a defesa dos postulados democráticos e das liberdades fundamentais; o cultivo do espírito fraternal de solidariedade humana, dentre outros. 
A Lei nº 5.315, de 12 SET 1967, e o artigo 53, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal / 1988 reconhecem e definem o “ex-combatente” e estabelecem os seus principais direitos.
Atualmente, existem distribuídas pelas diversas Unidades Federativas do Brasil, algumas poucas Seções Regionais (SR) remanescentes, sendo a Seção Regional de Mato Grosso do Sul - ANVFEB / SR MS, uma delas. 
A ANVFEB / SR MS é uma entidade de utilidade pública federal, estadual e municipal, localizada na Rua 13 de maio nº. 4101, Centro, em Campo Grande – MS.
Atualmente, vivem em Mato Grosso do Sul, os seguintes remanescentes da Força Expedicionária Brasileira, compondo os quadros da ANVFEB-MS: 
Sr AGOSTINHO GONÇALVES MOTA (95 anos) – Campo Grande – MS; 
Sr ISIDORO TEODORO DA SILVA (95 anos) – Campo Grande – MS; 
Sr ANTÔNIO FERMIANO (97 anos) – Campo Grande – MS; 
Sr JANUÁRIO ANTUNES MACIEL (98 anos) – Dourados – MS; 
Sr ANDRÉ RAGALZI (99 anos) – Aquidauana – MS; e 
Sr JUSTINO PIRES DE ARRUDA (100 anos) – Ponta Porã – MS.

6. O LEGADO DA FEB
Mais do que apenas vitórias militares na Itália, a FEB trouxe para o Brasil as verdadeiras concepções de "Liberdade, Democracia, Estado Democrático de Direito e de Vitória", concepções estas que permanentemente são relembradas e confirmadas pelas celebrações do Dia da Vitória (8 de maio), que são realizadas anualmente por diversos países, com destaque para os Estados Unidos, Inglaterra e França. Na Itália, onde a Força Expedicionária Brasileira atuou, até hoje as pessoas, inclusive crianças, cantam, durante os festejos, a Canção do Expedicionário, em Português.
Conhecer a nossa História, dignificar os nossos antepassados, exaltar os nossos verdadeiros heróis, rememorar a Força Expedicionária Brasileira – FEB e o Dia da Vitória são deveres cívicos de cada um de nós, de todos os brasileiros, para que a Liberdade, a Democracia, e o Estado Democrático de Direito sejam sempre desfrutados com responsabilidade por todos os cidadãos brasileiros e estejam permanentemente apoiados na certeza do cumprimento de todos os deveres e obrigações a eles inerentes, tendo "o Amor por princípio, a Ordem por base e o Progresso por fim", para que jamais a intolerância, o ódio, e a desigualdade voltem a desgovernar o mundo e "para que a punjança e a grandeza, de fertilidades mil, sejam sempre o orgulho e a certeza do futuro do Brasil".

7. O RECONHECIMENTO AO SACRIFÍCIO
Dentre as inúmeras homenagens e manifestações de respeito e gratidão à Força Expedicionária Brasileira – FEB e aos nossos valorosos ex-combatentes prestadas pelo povo de Mato Grosso do Sul, podem ser citados diversos nomes de ruas e logradouros, dentre outros, mas merecem destaque os seguintes:
O 9º Batalhão de Engenharia de Combate (9º BE Cmb), o "Batalhão Carlos Camisão", em Aquidauana – MS, o nosso batalhão expedicionário, possui em suas instalações o Museu Temático sobre a FEB, que possui em seu acervo histórico diversos equipamentos, materiais, capacetes, uniformes, medalhas e troféus de guerra trazidos pelos pracinhas da FEB.
A construção do MONUMENTO Á FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA, na Avenida Afonso Pena, Campo Grande – MS, em local de destaque.
A Academia Sul Mato-Grossense de Letras instituiu como Patrono da Cadeira número 9, o MARECHAL MASCARENHAS DE MORAES, Comandante da FEB e Comandante da 9ª Região Militar. Atualmente, a cadeira número 9 é ocupada pela Professora Doutora MARIA ADÉLIA MENEGAZZO.
O Moto Clube GERMANUS LE, é um clube de motociclismo, ou “irmandade” fiel às antigas tradições do motociclismo. Criado em julho de 2017, passou a homenagear a FEB em seus símbolos, atividades, e viagens, tornando-se um dos principais incentivadores da cultura e da divulgação da História. Lema do Germanus LE MC: “Conspira contra a sua própria grandeza o povo que não cultua os seus feitos heróicos.
A Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul – ALMS, por meio da Resolução n° 010/05, de 03 de maio de 2005, homenageando a Força Expedicionária Brasileira – FEB e o Dia da Vitória (8 de maio), instituiu a Medalha do Mérito Força Expedicionária Brasileira, a ser concedia, anualmente, em Sessão Solene, às personalidades ou entidades cujos trabalhos ou ações merecem especial destaque na difusão das atividades da Força Expedicionária Brasileira durante a 2ª Guerra Mundial e aos que tenham prestado serviços relevantes, por meio de atividades ou contribuições, à Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira, Seção Mato Grosso do Sul. 
A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE adotou postura similar, por meio da Resolução nº 1053/05 – CMCG.
Atualmente, existe tramitando na Câmara dos Deputados, em Brasília – DF, o Projeto de Lei nº 3379/2015, com a finalidade de inscrever os ex-combatentes no “Livro dos Heróis da Pátria”, que é um “Livro de Aço”, localizado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília – DF.

8. O ENCONTRO NACIONAL DOS VETERANOS DA FEB - ENVFEB
Anualmente, a Direção Central da ANVFEB e as Seções Regionais realizam, em sistema de rodizio entre as cidades, um grande encontro com os veteranos remanescentes, os familiares, os sócios, amigos, historiadores, entusiastas e quaisquer interessados, inclusive estrangeiros: os ENVFEB.
O último encontro realizado no Mato Grosso do Sul foi o XIV ENVFEB, realizado entre os dias 18 e 21 AGO 2002, em Campo Grande – MS. 
No ano de 2018, entre os dias 29 NOV e 02 DEZ, foi realizado no Rio de Janeiro – RJ, o XXX ENVFEB, que contou com a participação de aproximadamente 110 associados, parentes, amigos, historiadores e entusiastas, sendo apenas 15 veteranos. 
Em 2019, o 31º ENVFEB foi realizado em Recife – PE, no período entre 16 a 19 OUT 2019.
Para este ano de 2020, o planejamento era para o encontro ser realizado em Curitiba – PR.


(*) Wellington Corlet dos Santos
Vice Presidente da ANVFEB – MS; associado ao IHGMS e ao IGHMB; Ex-integrante das Missões da Paz UNAVEM III e MINUSTAH.
Curriculum Lattes: http://lattes.cnpq.br/0699889065439615


 
Jornal “A Noite”, de 8/5/1945. (Fonte: Biblioteca Nacional)
    
    
 
Jornal “The STARS and STRIPES”, de 8/5/1945, 
anunciando o Dia da Vitória. (Fonte: STARS and STRIPES)

 

Cartaz brasileiro, comemorando o Dia da Vitória. (Fonte: PORTAL FEB)


Monumento à FEB, na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande. (Fonte: ANVFEB)


 
Brasão da Força Expedicionária Brasileira – FEB
(Fonte: ANVFEB)

 
Crianças italianas cantando a Canção do Expedicionário, em português, durante desfile cívico alusivo ao 70º aniversário da liberação da cidade de Montese, na Itália (La liberazione di Montese)- Abril 2015. (Fonte: ANVFEB)

 
Soldados da FEB, em Montese, na Itália – Abr 1945.(Fonte: ANVFEB)

 
Enfermeiras da FEB embarcadas (Fonte: ANVFEB)


 
16º Hospital de Evacuação, Pistóia-Itália, 10/ III/ 1945(Fonte: ANVFEB)


 
Ponte construída pelo 9º BE sobre o Rio Pó, na Itália (Fonte: ANVFEB)

 
Soldados do 9º B E Cmb, da FEB, na Itália. (Fonte: ANVFEB)


 
Veteranos da FEB campo-grandenses em frente ao monumento erigido em sua homenagem, na Av. Afonso Pena, Campo Grande – MS. (Fonte: ANVFEB)

 
Medalha de Campanha, instituída pelo Decreto-Lei n. 6795, de 17 de Agosto de 1944, para recompensar os militares da ativa, da reserva e assemelhados que participarem de operações de guerra, sem nota desabonadora.  A data inscrita na medalha “16 VII 1944” é a data do desembarque do 1º Escalão da FEB na Itália. A referida medalha foi inspirada na Medalha Geral de Campanha da Guerra da Tríplice Aliança, de 1868. (Fonte: ANVFEB)


  


Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Rio de janeiro – RJ (Fonte: ANVFEB)

 
Monumento à FEB, no 9º B E Cmb, em Aquidauana - MS. (Fonte: ANVFEB)

 
Museu da FEB, no 9º B E Cmb, em Aquidauana - MS. (Fonte: ANVFEB)

Autor: Wellington Corlet dos Santos

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