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30/04/2023

115 anos do inicio das obras da NOB

NOB

 

115 ANOS DO INÍCIO DAS OBRAS DA NOROESTE DO BRASIL

 

Celso Higa*

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No dia 3 de maio de 2023 fez 115 anos do lançamento da pedra fundamental da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil no sul do antigo Mato Grosso. A cerimônia, realizada em Porto Esperança, às margens do Rio Paraguai, contou com a participação de várias autoridades e foi seguida de um almoço servido a bordo do vapor “Santo Antônio”, com direito a cardápio requintado da gastronomia francesa. Antes desse momento – que deu início à construção do empreendimento cujas obras se estenderiam pelos próximos seis anos e que teria forte impacto no desenvolvimento da região Oeste do Brasil – muitos fatos aconteceram incluindo a mudança do trajeto inicialmente previsto para chegar até Cuiabá. A partir da história do engenheiro Emílio Schnoor, o pesquisador regional Celso Higa reúne informações e curiosidades sobre esse período da história de Mato Grosso do Sul.

 

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SCHNOOR E A NOROESTE

O francês Armand Henry Émile Schnoor, o Emílio Schnoor (1855-1924), de reconhecida capacidade técnica, está incluído entre os grandes vanguardeiros da engenharia ferroviária brasileira. Desde 1875, à frente de inúmeras ferrovias, no Brasil e na Argentina, sempre levou o seu talento nas construções das linhas permanentes. Retornou das terras portenhas e quando trabalhava na Estrada de Ferro Mogiana voltou à baila, na esfera federal, a necessidade de comunicação com Mato Grosso, através de ferrovias.

Foi então que, em abril de 1903, ele elaborou um profundo estudo com parecer registrado no “Memorial Projeto da Estrada de Ferro a Mato Grosso e Fronteira da Bolívia”, no qual ficavam patenteadas as vantagens da construção da ferrovia na direção São Paulo dos Agudos (região de Bauru) - Itapura - Miranda - Rio Paraguai que propunha o percurso férreo de Bauru a Corumbá, elogiado pelo Clube de Engenharia, fórum respeitado e consultado nas grandes questões nacionais. Continha um anexo, que vislumbrava sua visão macro num mapa transcontinental, unindo ferrovias interligadas do Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico.

No território brasileiro, o limite do seu projeto era Corumbá, uma cidade cosmopolita que recebia navios internacionais de grandes calados pelo Rio Paraguai , no Porto Geral. Sua posição estratégica de polo comercial do antigo Mato Grosso, atraía grande fluxo de pessoas e mercadorias da capital Rio de Janeiro, Buenos Aires e países europeus. A novidade chegava rápida por lá. Tanto que em 19 de novembro de 1903, foram exibidas ao público local as primeiras imagens de esquetes animados através de um cinematógrafo, no Circo Palma, com apenas oito anos após o surgimento do cinema pelos irmãos Lumière, em Paris (1895). Imigrantes portugueses, italianos, sírios, libaneses, turcos, armênios, paraguaios, argentinos, uruguaios, bolivianos e índios, chegavam em busca de oportunidades. Outras nacionalidades, como o fotógrafo francês Albert Braud, se fazia presente com seu estúdio na Cidade Branca. Na parte cultural e de entretenimentos, para combater o isolamento geográfico, companhias teatrais cariocas e portenhas eram levadas pelo navio Fernandes Vieira para apresentações no Bijou-Theatro, casa de espetáculo com 500 lugares.

 

De preterido a escolhido

Apesar de relevante, o projeto Schnoor foi preterido pelo traçado do eng. Felipe Gonzaga de Campos, que direcionava o trajeto Bauru - Uberaba - Porto Taboado - Baús - Coxim - Cuiabá.

Três anos depois de divulgado esse trabalho, no entanto, assumia a presidência da República o dr. Afonso Pena que, assessorado pelo seu ministro da Viação, dr. Miguel Calmon Du Pin e Almeida, decidiu pelo traçado preconizado por Schnoor, sendo definitivamente abandonado o projeto que visava a levar a ferrovia até Cuiabá. O sentido estratégico militar e o compromisso existente com a Bolívia pesaram na resolução governamental em favor do traçado Bauru - Corumbá.

Tendo assumido a tarefa de estudar a implantação do seu projeto, o engenheiro Emílio Schnoor, auxiliado pelos seus colegas Francisco Chatier, Miguel Arrojado Lisboa, Luiz e Gustavo Schnoor, contando com a presença do representante do governo, engenheiro Antonio Gonçalves Gravatá, percorreu a região por onde deveria passar a ferrovia em Mato Grosso. Em 1907 essa comissão aportou a Campo Grande, ocasião em que, enamorando-se do lugar e atendendo ao que os moradores solicitavam, Schnoor deliberou fazer com que os trilhos sofressem pequenos desvios, passando ao lado da Vila fundada por José Antônio Pereira.

Em 1907, fez o reconhecimento e os estudos completos da seção Itapura - Corumbá, da futura Estrada de Ferro Noroeste, segundo um traçado que já havia sido por ele recomendado em 1903. De 4 de agosto a 24 de dezembro de 1907, levantaram “962 quilômetros em terra firme a 750 quilômetros de rios, isto tudo apenas em 140 dias”.

No início da obra, em 3 de maio de 1908, em Porto Esperança, Emílio não esteve presente no evento. Com o contrato da empreitada já firmado, partiu para a Europa para aquisição de trilhos e material rodante para a ferrovia.

A construção da NOB, na região sul do antigo Mato Grosso, perdurou de 1908 a 1914 e, nesse período, Schnoor projetou e construiu também outras ferrovias no país.

Em 1880, no Rio Grande do Sul, casou-se com Rosalina Gaudieley Corrêa, tendo o casal cinco filhos: os engenheiros Luiz, Gustavo e Henrique, o médico Raul e a filha Lina, que casou com o peruano Vítor Maúrtua. Luiz, o filho mais velho, foi pai de duas “glórias” do antigo cinema brasileiro, quando ainda não era falado: Eva Schnoor, chamada de “Greta Garbo brasileira” que trabalhou com o marido Carlos Modesto de Souza em “Barro Humano” (1929), de Adhemar Gonzaga; e Raul Schnoor, que foi o astro de “Limite” (1931), de Mário Peixoto, um “cult” do cinema nacional. A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que ia de Bauru (SP) a Cuiabá (MT), não teve o nome ajustado para o Oeste, por questão da concessão do Banco União de São Paulo.

 

Fontes:

- HIGA, Celso. Emilio Schnoor - o engenheiro que impulsionou a Cidade Morena com a estrada de ferro. Personalidades - Série Campo Grande. Ano III, 2001. FUNCESP;

- TELLES, Pedro Carlos da Silva. A história da engenharia no Brasil. Séculos XVI a XIX e Século XX. 2ª edição. Rio de Janeiro,Clube de Engenharia, Clavero Editora, 1993;

- GONZAGA, Alice. 50 Anos de Cinédia;

- Arquivo Público Estadual. Apoio de Douglas Alves de Lima;

- Biblioteca Nacional Digital/Hemeroteca;

- Depoimentos da família Schnoor (em fita K7): Ângela, Eduardo e Raul Schnoor.

 

 

* Celso Higa é engenheiro eletricista, economista e pesquisador regional, associado do Instituto Histórico e Geográfico de MS (cadeira n. 5 – patrono: Emílio Schnoor).

** Para consultar a íntegra deste artigo, com maior volume de informações, fontes de pesquisa e créditos de imagens, acesse o site do IHGMS (https://www.ihgms.org.br), no Menu, clique em Conteúdo e depois em Artigos.

 

Fotos: Reprodução

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Desde 1875, à frente de inúmeras ferrovias, no Brasil e na Argentina, em 1903 Emílio Schnoor elaborou profundo estudo que propunha o trajeto férreo de Bauru a Corumbá. Em documento anexo, antevia um percurso transcontinental com ferrovias interligadas do Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico conforme mapa ao alto. Nas demais imagens, trabalhadores nas obras da NOB, em 1910; foto do engenheiro Schnoor; registro do fotógrafo Miguel Perez da solenidade em Porto Esperança em 1908 que marcou o início das obras do trecho Itapura - Corumbá; no mesmo ano, o Presidente Afonso Pena na estação de Bauru; e familiares de Emílio Schnoor (Raul, Eva e Matilde) em 1930 entre artistas e equipe de produção do filme “Lábios sem beijos”, do diretor Humberto Mauro. Abaixo, Felipe Gonzaga de Campos - responsável pela linha para Cuiabá.

 

Felipe Gonzaga de Campos_responsavelPelaLinhaParaCuiaba.jpg

 

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Com honras e pompas

A festa do lançamento da Pedra Fundamental da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, no dia 3 de maio de 1908, foi pauta de reportagens nos jornais “Autonomista” e “O Brazil” de Corumbá. A seguir, na grafia da época, uma sinopse dos registros.

“Estão oficial e solemnemente inaugurados, em Porto Esperança, as obras de construção da importantíssima Estrada de Ferro Noroeste, a pioneira de Matto-Grosso (...) Conforme programa determinado pelo representante-chefe da Commissão Schnoor, às 8 ½ da noite do dia 2 partiu deste porto [Corumbá] o vapor uruguayo SANTO ANTÔNIO, rebocando um grande navio, interna e externamente adornado e illuminado, conduzindo os convidados cujo os nomes constam da acta inaugural que publicamos abaixo (...) Poucos momentos antes partira com o mesmo destino, também toda illuminada, a rápida lancha “Taquary” expressamente fretada pela casa Ponce, Azevedo e Cia., conduzindo crescido número de amigos d’aquella importante firma comercial cujo principal chefe é Exmo. Sr. Coronel Generoso Ponce, actual presidente do Estado. Às 5 ½ horas da manhã, ao estrugir de foguetes e música, chegava o SANTO ANTÔNIO ao Porto Esperança (...) Atracado o navio, appareceu o Engenheiro-Chefe interino da Estrada. Sr. Dr. Fernando Esquerdo (...) Em seguida, os Srs. Drs. Henrique Schnoor e Guilherme Geisbrecht, engenheiros da estrada distribuíram um folheto com o título “Apontamentos sobre a Commissão Schnoor da Estrada de Ferro Noroeste do Brazil”, habilmente escripto pelo Sr. Dr. Fernando Esquerdo e contendo, além dos principaes trechos do precioso Memorial do Dr. Emilio Schnoor, publicado em 1903; o retrato deste na primeira página, os dos Drs. Duque Estrada e Gonçalves Gravatá, uma vista do grupo que partiu do Salto Avanhandava para o iniciar os estudos da estrada, outra do escriptório central da commissão em Aquidauana e por ultimo o mappa parcial da América do Sul demonstrando o grande traçado da Noroeste projectado pelo Dr. Emílio Schnoor, que vae do Oceano Atlantico até o Pacifico, penetrando pela Bolívia (...) Desembarcados e cumprimentados os convidados pelo ilustre Dr. Esquerdo começou a festa official das obras da construção da estrada, dando princípio às ceremonias uma missa campal celebrada por Frei Carmelo Lamboy (...) Após essa ceremonia seguíram se as solemnidades da instalação da pedra fundamental e inauguração official da estaca zero (...) sendo todos esses actos acompanhados pela banda de música do 21o. da infantaria e photographados pelo hábil artista Sr. Miguel Perez. Momentos depois, o Sr. Dr. Fernando Esquerdo convidou a todos para o almoço a bordo do SANTO ANTÔNIO. A lauta refeição realizou-se em viagem de regresso a este porto (...).”

Acta do lançamento da pedra fundamental, no Porto Esperança, Estado de Matto-Grosso, da Estação da Estrada de Ferro Noroeste do Brazil. Aos três dias do mez de maio de 1908 no Porto Esperança, Estado de Matto-Grosso, as oito horas e um quarto da manhã, na presença de autoridades (...) lançou-se a pedra fundamental da Estação da Estrada de Ferro Noroeste do Brazil, encerrando dentro de uma caixa moedas do Brazil, os jornaes ‘O Brazil’ e ‘Autonomista’ de Corumbá, um folheto de acompanhamentos da Commissão Schnoor e o Memorial do projecto da Estrada de Ferro a Matto-Grosso e fronteira da Bolívia pelo Engenheiro Emílio Schnoor. Porto Esperança. Estado de Matto-Grosso. 3 de maio de 1908.”

 

 

 

O toque francês na inauguração das obras da NOB

 

São inúmeras as influências francesas, relembrando algumas, desde a Revolução Francesa observamos a importância na sociedade moderna e liberal atual. Após a Queda da Bastilha (4 de julho de 1789), o lema “liberdade, igualdade e fraternidade” iniciou o processo de universalização dos direitos sociais e das liberdades individuais, previsto na Declaração dos Direitos dos Homens e do Cidadão, política que imprimiu a necessidade da democratização. A pintura no século XIX através do movimento estético do Impressionismo, que trouxe ao mundo das artes, nomes  entre outros, de Claude Monet, Edgar Degas, Éduoaud Manet e Pierre-Auguste Renoir. O que dizer da invenção do cinema, pelos irmãos Auguste e Louis Lumière? Das suas primeiras exibições em 1895, “A saída dos operários da fábrica Lumière” e “A chegada do trem à estação La Ciotat”. As comédias francesas com o ator Max Linder, o filme do ilusionista e cineasta Georges Mièles (“Viagem à Lua”, de 1902), as produções das empresas Pathé e Gaumont conquistaram o público, transformando essa sétima arte num entretenimento mundial..

Além das citações acima, o urbanismo, a arquitetura e paisagismo possuem as influencias diretas de George-Eugène, barão de Haussmann, nomeado prefeito do departamento do Sena por Napoleão III, em 1853. Com uma longa administração, até 1870, tornou-se um dos maiores prefeitos de todos os tempos, modernizador urbano que imprimiu seu nome à Paris. Haussmann, foi modelo para os prefeitos de Buenos Aires (Torquato de Alvear) e Rio de Janeiro (Pereira Passos), que transformaram essas cidades com reformas urbanísticas com base em três pilares: embelezamento, higienização e modernização. Inspirado no prefeito francês, o arquiteto americano Robert Moses fez suas intervenções na cidade de Nova York.

Herdamos dos franceses, o uso dos talheres, guardanapos e a elegância à mesa em um jantar “chique”, bem como o padrão gastronômico de apresentação do banquete, na sequência de entrada, prato principal e sobremesa. Da culinária farta e amanteigada, trouxemos o vocabulário francês tão incorporado à nossa rotina alimentar. Na “boulangerie”, uma espécie de padaria, os diferentes tipos de pães, bombas de chocolate, croissants e doces agradam o paladar dos brasileiros. Misto quente e a coxinha, tão comuns nos barzinhos e lanchonetes, são versões simplificadas de um “croque-monsieur” e “croquette de poulet”. A grande gama de queijos, vinhos, carnes e doces tornou-se a marca da França em termos de gastronomia requintada, adequado aos padrões de determinados ambientes.

 

Extraído do jornal “O Autonomista” de Corumbá, nº 142, de 09 de maio de 1908: o almoço realizado a bordo do vapor “Santo Antônio”, para comemorar o lançamento oficial do início da construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, na Estaca Zero, em Porto Esperança as margens do rio Paraguai. O cardápio mostra a grande influência francesa no Brasil, no início do século 20, e foi especialmente desenhado em papel ferro prussiato no escritório da Comissão Schnoor, do grande engenheiro Emílio Schnoor, responsável pelo projeto e construção da ferrovia no antigo Mato Grosso. Continha o seguinte teor:

MENU

• Hors d’Oeuvre à la Brésilienne

• Bouillon à la l’oignon

• Farcis à la chilienne

• Poulet à la marengo

• Haricots verts au parmesan

• Gigot de mouton

• Dessert

• Café - Liqueurs

 

Fontes:

- https://ecoleallonsy.com.br/a-importancia-da-cozinha-francesa-para-a-gastronomia/

https://tvbrasil.ebc.com.br/reporter-brasil/2018/07/rio-de-janeiro-e-icone-da-influencia-francesa-no-brasil

https://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2007/morar2/rf3003200701.shtml30/03/2007

 

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O Autonomista 142  O Inicio da NOB

 

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Jornal “O Brazil” - Anno VI - n 264

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Afonso Pena

Sexto presidente do Brasil, o mineiro de Santa Bárbara, Afonso Augusto Moreira Pena (1847-1909), foi professor, advogado e jurista. Casou-se com Maria Guilhermina com quem teve 12 filhos. Iniciou sua carreira política durante o Império (1870 até 1892), exercendo vários cargos, incluindo o de presidente de Minas Gerais, legislador, presidente do Banco da República e ministro de Estado.

Em 1903, Pena foi nomeado vice-presidente da República pelo presidente Rodrigues Alves, em virtude da morte de Silviano Brandão, vice-presidente eleito. O vice-presidente exercia, cumulativamente, o cargo de presidente do Senado Federal. Antes de ser empossado, Pena percorreu o país, viajando por mais de 21 mil quilômetros e visitando dezoito capitais. Tornou-se presidente da República em 15 de novembro de 1906. Apesar de ter sido eleito com base na chamada política do “café com leite”, realizou uma administração que não se prendeu de todo a interesses regionais. Incentivou a criação de ferrovias e interligou a Amazônia ao Rio de Janeiro pelo fio telegráfico, por meio da expedição de Cândido Rondon.

O governo Pena modernizou o Exército e a Marinha, modernizou as capitais e os portos brasileiros. Seu lema era “governar é povoar” e para desenvolver a agricultura, principalmente de grãos, estimulou a entrada de mão-de-obra estrangeira no seu governo, sobretudo a imigração de italianos, alemães, poloneses e japoneses. Em 18 de junho de 1908, chegou em Santos-SP o navio Kasato Maru, com  781 imigrantes iniciando a imigração japonesa no Brasil.

Pena incentivou grandemente a construção de ferrovias, destacando-se a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil e da ligação das ferrovias paulistas com as paranaenses, permitindo-se, pela primeira vez, a ligação do sudeste com o sul do Brasil, por trem. Pena se deparou com uma situação econômica relativamente estável, resultado da administração anterior de Rodrigues Alves. Uma das medidas de favorecimento aos produtores de café foi o Convênio de Taubaté, o qual estabelecia que, para manter o preço do produto, o Governo se comprometia a comprar todos os estoques excedentes. Nesse período, os trabalhadores começaram a se organizar e a reivindicar melhores condições de trabalho, promovendo as primeiras greves da história brasileira. No governo de Afonso Pena o exército passou por uma reestruturação, e em 1908 foi estabelecida a obrigatoriedade do serviço militar. O presidente faleceu no Palácio do Catete em14 de junho de 1909, de pneumonia, o corpo foi sepultado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro-RJ. Assumiu o seu vice Nilo Peçanha. Em 13 de fevereiro de 2009, o translado de seus restos mortais, chegou à histórica cidade de Santa Bárbara, para o casarão onde nasceu.

Afonso Pena foi homenageado com o nome da principal avenida em cidades como Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). Como bairro e aeroporto internacional em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba (PR).

 

Fontes:

- Gabriel Almeida Antunes Rossini. «CONVÊNIO DE TAUBATÉ» (PDF). Fundação Getúlio Vargas. Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil;

- Cláudia Maria Ribeiro Viscardi (2016). «Afonso Pena». Fundação Getúlio Vargas. Atlas Histórico do Brasil.

- História - 1906 - Afonso Pena». Folha de S. Paulo. 2002;

- https://brasilescola.uol.com.br/historiab/afonso-pena.htm

- Internet: Cláudia Maria Ribeiro Viscardi (2016). «Afonso Pena». Fundação Getúlio Vargas. Atlas Histórico do Brasil.Afonso Pena - Wikipédia.

Foto: Inauguração da Estrada de Ferro Sorocabana, em Bauru/SP em 1908, com a presença do Presidente Afonso Pena (em detalhe). Foto Rocha.

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Autor: Celso Higa

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