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06/10/2020

A QUESTÃO DO CANHÃO EL CRISTIANO: reflexões Parte 1

A QUESTÃO DO CANHÃO EL CRISTIANO:
reflexões


                                                                                             Wellington Corlet dos Santos (*)

1. INTRODUÇÃO
A “universalidade” existente na “Academia” proporciona às pessoas uma grande amplitude de conhecimentos e, em conseqüência disso, também, o diálogo. Baseado nessas condicionantes, este autor resolveu escrever este pequeno artigo, que retrata não mais do que algumas percepções e opiniões sobre a questão do Canhão Cristiano (El Cristiano) e da sua reivindicação por parte da República do Paraguai ou, ainda, pelos atuais movimentos internos de devolução, promovidos por cidadãos brasileiros que não tomaram parte nos sacrifícios da Guerra da Tríplice Aliança e que desconhecem o seu real valor.  
Sabemos que uma boa parte do atual território do estado do Mato Grosso do Sul e uma parte do Rio Grande do Sul foram Teatros de Operações da Guerra da Tríplice Aliança e, por este motivo, não temos o direito de deixar este fato histórico cair no esquecimento, o que seria um desrespeito aos nossos antepassados, a nós mesmos e às futuras gerações.
Não podemos deixar que os fatos históricos ocorridos nessas terras sejam desvirtuados e/ou esquecidos como ocorre, por exemplo, em Olinda – PE, em Porto Seguro – BA, ou em Salvador - BA, aqui no Brasil, que são locais de imensa importância histórica mas que só são lembrados por serem excelentes locais para se passar o carnaval.
O jornal “O ESTADO - MS – caderno B 7, de 14 MAIO 2016, trouxe a público uma matéria chamada “Dia da Vitória - Jornada através do tempo,do espaço, da fé e da razão - Somente por meio do resgate do passado podemos entender o futuro”, de minha própria autoria.
 Relembrava eu, Oswaldo Aranha, que dizia que “o culto do passado é uma segurança do futuro, porque só pela solidariedade entre as gerações sucessivas, pela continuação da ação e da fé, conseguem as nações durar e realizar o seu destino histórico”.
No referido artigo, comentei e ressaltei que, somente realizando uma “jornada através do tempo”, pelo culto e estudo da História, se conhece e se adquire a “memória dos antepassados”, ligando e relacionando gerações. E, ainda, que essa interação com o passado, neste pequeno lapso de tempo de nossas vidas biológicas, possamos:
- observar de forma ampla, toda a evolução de uma nação ou país que, em sentido contrário, a nossa curta vida biológica humana não nos permite observar;
- comparar e questionar os fatos, instituições, estruturas, conjunturas, causas e conseqüências e justificativas, no decorrer de um tempo muito maior, tudo com a finalidade de se planejar um futuro melhor;
- evitar erros e reinventar o que já foi inventado: em suma, de perder mais tempo, recursos e vidas humanas.
Também afirmei que, como povo brasileiro, não há dúvidas de que somos os planejadores e construtores da nossa realidade histórica: do passado, do presente e do futuro. Simultaneamente, somos o mesmo povo que desfruta das boas conseqüências e que sofre com as más. O mesmo ocorre com todos os outros povos, nossos irmãos, e, por isso devemos ser unidos e nos ajudar.
Portanto, conhecer a História, dignificar os antepassados, exaltar os verdadeiros heróis, são deveres cívicos de cada um de nós, de todos os brasileiros, de todos os cidadãos.
O Canhão EL CRISTIANO é uma parte muito importante da História do Brasil sendo, por este motivo, indispensável esclarecer às atuais gerações o seu significado.

 

Autor: Wellington Corlet dos Santos

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