Efemérides

08/07/1924

Elevação do povoado de Maracaju a distrito.

Município de Maracaju

Evolução político-administrativa. Município de Maracaju, Terra da Linguiça de Maracaju.

08.07.1924. Data em que o povoado de Maracaju foi elevado a distrito pela resolução n. 912.

07.07.1928. Data em que o distrito de Maracaju é elevado a município pela lei n. 987. O município comemora o aniversário no dia 11 de junho.

1.º.10.1929. Data em que a lei n. 1.031 eleva Maracaju à categoria de cidade.

Etimologia. Segundo Teodoro Sampaio, Maracaju, termo de origem tupi, maracá-, significa o chocalho amarelo; o guizo, o cascavel metálico. Para Campestrini (2014), maracaju significa onça-pintada (mbaracayá+yú), talvez por ter havido densa população daquele felino nas fraldas da serra, principalmente do lado do Paraguai.

Pioneiros da região de Maracaju. Os primeiros moradores da região de Maracaju, foram: João Pedro Fernandes, Francisco Bernardes Ferreira, D. Fé Fernandes, Marcos dos Santos e família, José Pereira da Rosa e família, Gilberto Teixeira Alves e família, José Adrião Juquita, Antônio José Ferreira, Melanias Garcias Barbosa, José Pereira da Rosa Filho, Antônio Ferreira Ribeiro e família, Vitor Constantino Evanof, Antônio Araújo, Saraiva Pereira da Rosa, Firmo Alves, Olímpio Camargo, Bartolomeu Bueno da Costa, Abadio Romualdo, João Batista Pereira da Rosa, Gregório Ferreira Abrantes, João Gualberto Ferreira, Manoel Retamoso, Carlos Ferreira Tito, Arakaki Tokiti e Antônio Delfino Pereira.

Conforme publicação do IBGE, em 1958, a Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, que foi planejada e orientada por Jurandyr Pires Ferreira, apresenta um esboço histórico do município de Maracaju, quando da época de Mato Grosso uno.

Deve-se observar que foram mantidas a ortografia e as regras gramaticais da época da publicação da referida Enciclopédia (1958), ou seja, aquelas oriundas da reforma da língua portuguesa de 1943 e que vigoraram até 1971.

Histórico. Depois do afastamento para o Sul, dos Jesuítas espanhóis que tiveram as suas reduções desmanteladas por ação dos bandeirantes paulistas a principiar por Antônio Raposo Tavares, nos albores do século XVII, a região da Vacaria, no planalto da serra de Maracaju, onde se localiza o município, somente voltou a ser· povoada, quando, no primeiro lustro do século passado, Gabriel Francisco Lopes· e seus irmãos Joaquim e José (mais tarde o Guia Lopes) redescobriram aquêles campos, procedendo da então província das Minas Gerais, atravessando a região do Paranaíba.

Gabriel Lopes trouxe logo depois o seu sogro Antônio Gonçalves Barbosa, que veio acompanhado pelo irmão Inocêncio Barbosa e suas famílias, e se estabeleceram nos campos que ràpidamente se tornaram famosos, atraindo novas levas de mineiros que, em 1860, se instalaram na região sudoeste do planalto, fundando os núcleos que receberam a denominação de Água Fria e Santa Gertrudes.

A invasão paraguaia determinou o abandono das terras já cultivadas e dos extensos campos de pastagens, onde já se iniciava a formação de regulares rebanhos, tendo os colonos retornado a Minas Gerais, até a cessação das hostilidades e a conseqüente retirada dos invasores.

João Pedro Fernandes, radicado no lugar denominado São Bento, hoje Sidrolândia, em 1922, transferiu-se com seu comércio - farmácia - para Santa Rosa, povoado pertencente ao município de Nioaque, à margem direita do rio Brilhante. Algum tempo depois, em conseqüência de um surto de malária, resolveu estabelecer-se na zona que hoje compreende a cidade de Maracaju, ali instalando sua farmácia, atendendo assim apêlo dos habitantes da redondeza.

Data daí, de 1923, a fundação do núcleo que hoje é a cidade de Maracaju.

Espírito esclarecido e empreendedor, João Pedro Fernandes compreendeu a necessidade de instalar uma escola que preenchesse a lacuna então existente. Contando com o apoio dos moradores da região, organizou êle a "Sociedade Incentivadora da Instrução de Maracaju", instalada a 25 de dezembro de 1923. Nestor Pires Barbosa, entregou, por doação, à Sociedade, 204 hectares de terras, para o fim especial de nelas serem construídas casas para abrigo das crianças que freqüentassem a Escola. Mais tarde, foram adquiridos mais 415 hectares, situados às margens do córrego Mont'Alvão, sendo então edificado um confortável prédio para funcionamento da Escola. A nova povoação que assim surgia, recebeu o nome de Maracaju, topônimo do planalto e da serra em que se localizava.

Os primeiros moradores da região de Maracaju, foram: João Pedro Fernandes, Francisco Bernardes Ferreira, D. Fé Fernandes, Marcos dos Santos e família, José Pereira da Rosa e família, Gilberto Teixeira Alves e família, José Adrião Juquita, Antônio José Ferreira, Melanias Garcias Barbosa, José Pereira da Rosa Filho, Antônio Ferreira Ribeiro e família, Vitor Constantino Evanof, Antônio Araújo, Saraiva Pereira da Rosa, Firmo Alves, Olímpio Camargo, Bartolomeu Bueno da Costa, Abadio Romualdo, João Batista Pereira da Rosa, Gregório Ferreira Abrantes, João Gualberto Ferreira, Manoel Retamoso, Carlos Ferreira Tito, Arakaki Tokiti e Antônio Delfino Pereira.

A Resolução n. 912, de 8 de julho de 1924, criou, no município de Nioaque, o distrito de paz de Maracaju.

O crescente desenvolvimento da localidade, em poucos anos de vida, determinou sua elevação à categoria de município com território desmembrado do de Nioaque, pela Lei n. 987, de 7 de julho de 1928, sendo instalado precisamente dois meses depois, isto é, a 7 de setembro daquele mesmo ano. A mesma lei (n. 987) transferiu para Maracaju a sede da comarca de Nioaque ficando o município que lhe dava o nome reduzido a têrmo da mesma comarca.

O primeiro Prefeito Municipal que assumiu o cargo na data da sua instalação foi o coronel João Pedro Fernandes, um dos principais fundadores da cidade, a qual naquela mesma data, recebia a iluminação elétrica, em funcionamento inaugural.

 

Fontes:

CAMPESTRINI, Hildebrando et al. Enciclopédia das Águas de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, MS: IHGMS, 2014.

FERREIRA, Jurandyr Pires (planejada e orientada). Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Rio de Janeiro: IBGE, 1958, p. 212-3. Volume XXXV.

SAMPAIO, Teodoro Fernandes. O Tupi na geografia nacional. Introdução e notas de Frederico G. Edelweiss. 5. ed. São Paulo: Nacional; Brasília, DF: INL, 1987.

Autor: IHGMS

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