Efemérides

07/11/1921

Criação do Distrito de Paz de Jaraguari

07/11/1921: Criação do Distrito de Paz de Jaraguari pela resolução 856, de 07.11.1921, pertencente ao município de Campo Grande; o município foi criado pela lei 692, de 12 de dezembro de 1953. Sobre a justificativa do nome, existem duas correntes para definir Jaraguari que seriam: os pioneiros vieram de ARAGUARI- MG ao fundar o município homenagearam seu torrão natal, acrescentando a letra J+ ARAGUARI e a outra seria: JARAGUÁ (nome de capim para pasto) e dado ao córrego que nasce dentro do município mais RI que seria a última sílaba de Araguari = JARAGUA+RI. Contexto histórico. Nos últimos anos do Século XIX, mineiros e goianos, representados por várias famílias, instalaram-se nas cabeceiras dos ribeirões Marimbondo, Jatobá e Cervo, aproximadamente a 50 quilômetros rumo nordeste de Campo Grande. Data de então o desenvolvimento demográfico e econômico daquela região, que, mais tarde, precisamente em abril de 1910, seria centralizado numa povoação, graças à iniciativa de moradores mais antigos da zona, destacando-se entre êles os Senhores Pedro Lemes do Prado, José Rodrigues Ferreira, Honório Rodrigues Ferreira e Fortunato Naves Pereira, que, reunidos na residência de José Rodrigues Ferreira, solicitaram ao então Presidente do Estado a concessão de uma área destinada à formação do Patrimônio que deveria receber a denominação de “Senhor Divino Espírito Santo”. Embora houvesse o então Presidente do Estado prometido oficializar a denominação de “Patrimônio do Senhor Divino Espírito Santo”, no ano seguinte, pelo Decreto n.º 278, de 28 de março de 1911, foi reservada uma área de 3.600 hectares, no lugar denominado Marimbondo, no município de Campo Grande, para os fundamentos da povoação de Jaraguari, área essa que ficou compreendida entre os ribeirões Jaraguá, Buriti e Falha, formadores do Marimbondo. Construiu-se, então, a primeira casa de residência, pertencente a Dona Maria Praxedes e, com o evento, estabeleceram-se os Senhores Manoel Senhorinha e José Simão de Lima, os primeiros comerciantes da localidade. A primeira missa foi  celebrada em um galpão coberto de palha, pelo padre Mariano, muito estimado na região, onde era conhecido pela alcunha de “Formigão”. No ano de 1923 surgia a primeira capela do Senhor Divino Espírito Santo, construída de madeira e coberta de palha. Destruiu-a um incêndio no dia 22 de agôsto de 1930. Sete anos depois, precisamente a 8 de setembro de 1937, erigida em alvenaria e coberta de telhas, era inaugurada· uma outra capela, com a mesma invocação, tendo rezado a primeira missa no novo templo o padre João Crippa, em ambiente festivo, contando com a presença de D. Francisco de Aquino Corrêa, então Bispo da Diocese de Cuiabá. Com a permanente proteção dos seus fundadores, foi se desenvolvendo o Patrimônio que veio tornar-se mais importante com a criação de uma escola pública, sendo o primeiro mestre-escola o gaúcho Deocleciano Hannes da Silva, que muito bom serviço prestou à população. Em 1920, foi criada e instalada a Agência Postal que ficou a cargo de D. Etelvina de Mello Faria, até o dia 5 de junho de 1925, data em que foram incendiadas as suas instalações, pelos componentes da famosa “Coluna Prestes”, remanescentes da revolução de 1924, que, naquele dia invadiram a então vila de Jaraguari. A Resolução estadual n.º 856, de 7 de novembro de 1921, criou o Distrito de Paz de Jaraguari, no município de Campo Grande, e autorizou o Poder Executivo a reservar nos lugares que mais se prestassem à lavoura, uma área de 3.600 hectares de terras devolutas, destinadas à colonização, além das já reservadas para o rocio do Patrimônio. O novo distrito instalado em princípios de 1922 teve como seu primeiro Juiz de Paz o Senhor José Tomaz Barbosa, goiano de Mineiros; sucedido posteriormente por Inocêncio Sette e mais tarde por Antônio Nogueira Tolentino. Para Escrivão de Paz foi nomeado Francisco Pereira Lima, que exerceu essa função até 1942, quando passou o cargo ao Senhor José Lorentz da Rosa. Continuava, assim, progredindo a vila de Jaraguari que chegou a constituir, em 1928, importante centro comercial, com 8 grandes estabelecimentos mercantis, destacando-se, entre êles, o da Firma Izidoro Teodoro de Faria. Pelo Decreto n.º 898, de 18 de janeiro de 1930, o Govêrno do Estado reservou no lugar denominado “Cervinho” uma área de 8.702 hectares de terras para colonização, área essa que serviu para a Prefeitura Municipal de Campo Grande iniciar o loteamento do· que chamou “Colônia Bandeirante”, a mais ou menos 24 quilômetros da vila de Jaraguari e a 72 quilômetros de Campo Grande, constituindo hoje, um desenvolvido núcleo de povoação com um bom coeficiente de produção agrícola. Posteriormente, elementos da Colônia Japonêsa, localizada em Campo Grande, adquiriram por compra, do Senhor José Paes de Faria, grande parte da Fazenda Bom Fim, fundando a Colônia de igual denominação, atualmente transformada no Distrito de Bom Fim, grande centro de produção agrícola, notadamente o café. Após sofrer um desenvolvimento com a criação do Distrito de Paz de Bom Fim, pela Lei n.º 671, de 11 de dezembro de 1953, retificada pela Lei n.º 370, de 31 de julho de 1954, foi elevado à categoria de município, pela Lei n.º 692, de 12 de dezembro de 1953, constituindo-se de dois distritos – o de Jaraguari, tendo por sede a vila de igual nome, e o de Bom Fim, recém-criado. A nova comuna foi solenemente instalada a 18 de janeiro de 1954, sob a presidência do Dr. Vicente João Maurano, Juiz de Direito da 2.ª Vara da comarca de Campo Grande, que, nessa ocasião, tomou o compromisso do Senhor Manoel Ribeiro de Oliveira, Juiz de Paz do extinto distrito, que, por fôrça de lei, veio a ser o seu primeiro Prefeito Municipal. (...) A 31 de janeiro de 1955, instalou-se a Câmara Municipal, formada pelos vereadores: Otaviano Pereira Martins (Presidente), Oswaldo José de Souza (Secretário), Antônio Pereira de Souza, Orlando de Oliveira Franco e América José de Souza, dando posse ao novo Prefeito Municipal – Senhor José Antônio de Souza e ao Vice-Prefeito Municipal – Senhor Alencastro Tinoco.
07/11/1921: Criação do Distrito de Paz de Jaraguari pela resolução 856, de 07.11.1921, pertencente ao município de Campo Grande; o município foi criado pela lei 692, de 12 de dezembro de 1953. Sobre a justificativa do nome, existem duas correntes para definir Jaraguari que seriam: os pioneiros vieram de ARAGUARI- MG ao fundar o município homenagearam seu torrão natal, acrescentando a letra J+ ARAGUARI e a outra seria: JARAGUÁ (nome de capim para pasto) e dado ao córrego que nasce dentro do município mais RI que seria a última sílaba de Araguari = JARAGUA+RI. Contexto histórico. Nos últimos anos do Século XIX, mineiros e goianos, representados por várias famílias, instalaram-se nas cabeceiras dos ribeirões Marimbondo, Jatobá e Cervo, aproximadamente a 50 quilômetros rumo nordeste de Campo Grande. Data de então o desenvolvimento demográfico e econômico daquela região, que, mais tarde, precisamente em abril de 1910, seria centralizado numa povoação, graças à iniciativa de moradores mais antigos da zona, destacando-se entre êles os Senhores Pedro Lemes do Prado, José Rodrigues Ferreira, Honório Rodrigues Ferreira e Fortunato Naves Pereira, que, reunidos na residência de José Rodrigues Ferreira, solicitaram ao então Presidente do Estado a concessão de uma área destinada à formação do Patrimônio que deveria receber a denominação de “Senhor Divino Espírito Santo”. Embora houvesse o então Presidente do Estado prometido oficializar a denominação de “Patrimônio do Senhor Divino Espírito Santo”, no ano seguinte, pelo Decreto n.º 278, de 28 de março de 1911, foi reservada uma área de 3.600 hectares, no lugar denominado Marimbondo, no município de Campo Grande, para os fundamentos da povoação de Jaraguari, área essa que ficou compreendida entre os ribeirões Jaraguá, Buriti e Falha, formadores do Marimbondo. Construiu-se, então, a primeira casa de residência, pertencente a Dona Maria Praxedes e, com o evento, estabeleceram-se os Senhores Manoel Senhorinha e José Simão de Lima, os primeiros comerciantes da localidade. A primeira missa foi  celebrada em um galpão coberto de palha, pelo padre Mariano, muito estimado na região, onde era conhecido pela alcunha de “Formigão”. No ano de 1923 surgia a primeira capela do Senhor Divino Espírito Santo, construída de madeira e coberta de palha. Destruiu-a um incêndio no dia 22 de agôsto de 1930. Sete anos depois, precisamente a 8 de setembro de 1937, erigida em alvenaria e coberta de telhas, era inaugurada· uma outra capela, com a mesma invocação, tendo rezado a primeira missa no novo templo o padre João Crippa, em ambiente festivo, contando com a presença de D. Francisco de Aquino Corrêa, então Bispo da Diocese de Cuiabá. Com a permanente proteção dos seus fundadores, foi se desenvolvendo o Patrimônio que veio tornar-se mais importante com a criação de uma escola pública, sendo o primeiro mestre-escola o gaúcho Deocleciano Hannes da Silva, que muito bom serviço prestou à população. Em 1920, foi criada e instalada a Agência Postal que ficou a cargo de D. Etelvina de Mello Faria, até o dia 5 de junho de 1925, data em que foram incendiadas as suas instalações, pelos componentes da famosa “Coluna Prestes”, remanescentes da revolução de 1924, que, naquele dia invadiram a então vila de Jaraguari. A Resolução estadual n.º 856, de 7 de novembro de 1921, criou o Distrito de Paz de Jaraguari, no município de Campo Grande, e autorizou o Poder Executivo a reservar nos lugares que mais se prestassem à lavoura, uma área de 3.600 hectares de terras devolutas, destinadas à colonização, além das já reservadas para o rocio do Patrimônio. O novo distrito instalado em princípios de 1922 teve como seu primeiro Juiz de Paz o Senhor José Tomaz Barbosa, goiano de Mineiros; sucedido posteriormente por Inocêncio Sette e mais tarde por Antônio Nogueira Tolentino. Para Escrivão de Paz foi nomeado Francisco Pereira Lima, que exerceu essa função até 1942, quando passou o cargo ao Senhor José Lorentz da Rosa. Continuava, assim, progredindo a vila de Jaraguari que chegou a constituir, em 1928, importante centro comercial, com 8 grandes estabelecimentos mercantis, destacando-se, entre êles, o da Firma Izidoro Teodoro de Faria. Pelo Decreto n.º 898, de 18 de janeiro de 1930, o Govêrno do Estado reservou no lugar denominado “Cervinho” uma área de 8.702 hectares de terras para colonização, área essa que serviu para a Prefeitura Municipal de Campo Grande iniciar o loteamento do· que chamou “Colônia Bandeirante”, a mais ou menos 24 quilômetros da vila de Jaraguari e a 72 quilômetros de Campo Grande, constituindo hoje, um desenvolvido núcleo de povoação com um bom coeficiente de produção agrícola. Posteriormente, elementos da Colônia Japonêsa, localizada em Campo Grande, adquiriram por compra, do Senhor José Paes de Faria, grande parte da Fazenda Bom Fim, fundando a Colônia de igual denominação, atualmente transformada no Distrito de Bom Fim, grande centro de produção agrícola, notadamente o café. Após sofrer um desenvolvimento com a criação do Distrito de Paz de Bom Fim, pela Lei n.º 671, de 11 de dezembro de 1953, retificada pela Lei n.º 370, de 31 de julho de 1954, foi elevado à categoria de município, pela Lei n.º 692, de 12 de dezembro de 1953, constituindo-se de dois distritos – o de Jaraguari, tendo por sede a vila de igual nome, e o de Bom Fim, recém-criado. A nova comuna foi solenemente instalada a 18 de janeiro de 1954, sob a presidência do Dr. Vicente João Maurano, Juiz de Direito da 2.ª Vara da comarca de Campo Grande, que, nessa ocasião, tomou o compromisso do Senhor Manoel Ribeiro de Oliveira, Juiz de Paz do extinto distrito, que, por fôrça de lei, veio a ser o seu primeiro Prefeito Municipal. (...) A 31 de janeiro de 1955, instalou-se a Câmara Municipal, formada pelos vereadores: Otaviano Pereira Martins (Presidente), Oswaldo José de Souza (Secretário), Antônio Pereira de Souza, Orlando de Oliveira Franco e América José de Souza, dando posse ao novo Prefeito Municipal – Senhor José Antônio de Souza e ao Vice-Prefeito Municipal – Senhor Alencastro Tinoco.
Fonte: FERREIRA, Jurandyr Pires (planejada e orientada). Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Rio de Janeiro (28 de abril de 1958): IBGE, 1958. p. 203-4. Volume XXXV.

 

Autor: IHGMS

Efemérides RELACIONADAS

67 3384-1654 Av. Calógeras, 3000 - Centro, Campo Grande - MS, 79002-004 ┃ Das 7 às 11hs e das 13 às 17hs, de segunda à sexta-feira.

Site Desenvolvido por: