Que importância teve o porto Alencastro para Paranaíba? O porto Alencastro, no rio Paranaíba, no município homônimo, na divisa com o estado de Minas Gerais, localiza-se na foz do rio Barreiros, a 20 km a jusante da foz do rio Aporé (ou do Peixe). História. Nesse porto, a travessia do rio era feita com balsa até 2003, quando foi inaugurada, em 11 de outubro daquele ano, a ponte denominada Tancredo de Almeida Neves, conforme Lei federal n.º 10.965, de 8 de novembro de 2004:
Lei nº 10.965, de 8 de novembro de 2004
Denomina "Ponte Presidente Tancredo de Almeida Neves" a ponte localizada na rodovia BR-497, sobre o rio Paranaíba entre os Estados de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
O Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º A ponte localizada na rodovia BR-497 sobre o rio Paranaíba, que separa o município de Carneirinho, Estado de Minas Gerais, do município de Paranaíba, Estado de Mato Grosso do Sul, passa a ser denominada "Ponte Presidente Tancredo de Almeida Neves".
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 8 de novembro de 2004; 183º da Independência e 116º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Alfredo Nascimento
D.O.U. de 9.11.2004
Hoje praticamente desativado, o porto foi passagem importante, principalmente porque era o início da estrada da Farinha Podre (A expressão “farinha podre” provinha do costume dos viajantes pendurarem sacos de farinha nos galhos das árvores do sertão, para, quando voltarem, aproveitá-los. Quando esquecidos, a farinha apodrecia), em direção a Uberaba. Taunay e o porto Alencastro. Ainda no aspecto histórico, quando passou pelo porto Alencastro, em julho de 1867, Taunay (1921, p. 63) registrou:
As margens do Paranaíba são naturalmente barrancosas; as águas claras tem velocidade considerável, que a constante inclinação e esforço dos sarandis, em alguns pontos mais próximos das ribanceiras, indicam que a largura é de 350 a 400 braças. Para atravessá-las existe uma barcaça composta de duas estragadas canoas de tamboril mantida pela barreira provincial de Mato Grosso, que daí tira algum rendimento! (Viagens de Outr’ora, p. 63).
Fontes:
CAMPESTRINI, Hildebrando et al. Enciclopédia das Águas de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, MS: IHGMS, 2014.
Taunay Alfredo d’Escragnolle. Viagens de Outr’ora. 2. ed. São Paulo: Companhia Melhoramentos de São Paulo, 1921.
Sugestão de leitura: CAMPESTRINI, Hildebrando. Santana do Paranaíba – de 1700 a 2002. 3. ed. Campo Grande, MS: IHGMS, 2005. À disposição na sede do IHGMS.