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Quais as espécies do relevo de Mato Grosso do Sul?

Quais as espécies do relevo de Mato Grosso do Sul? O relevo sul-mato-grossense foi catalogado pelo Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, registrando as seguintes espécies: 22 morrarias; 200 morros; 49 serras e 3 chapadões. Evidente que existem muitas elevações que não têm denominações nos documentos cartográficos utilizados. Para a realização dessa pesquisa, o IHGMS serviu-se das cartas topográficas do IBGE e da Diretoria de Serviço Geográfico, do Ministério do Exército, na escala 1:100.000, com o total de 152 cartas que cobrem o território de Mato Grosso do Sul, além de outros documentos cartográficos. Todas as morrarias estão localizadas apenas na região pantaneira. Geomorfologia e o conceito de serra. Com relação às serras, merece o seguinte destaque: foi mantido o nome dessa espécie, porque não se pode alterar a denominação contida nas cartas topográficas, tidas como documento oficial. Porém, há de se registrar que a denominação de serra, amplamente utilizada no Brasil, faz parte daqueles conceitos enraizados no consciente coletivo como correto, onde poucas discussões, ou quase nenhuma, ocorrem sobre esses temas. Arnaldo R. Menecozi, em artigo publicado no jornal O Estado (Repensando o conceito de serra, Campo Grande, 22.07.2018, p. 4) já alertara sobre a celeuma desse conceito:

Uma serra, no sentido geográfico, é toda elevação pontiaguda do relevo, com neve constante em suas extremidades, cujo coletivo chama-se cordilheira, como a dos Andes.

No Brasil, o termo serra tem substituído a real denominação geomorfológica de determinadas escarpas de planalto que, nunca poderiam ser consideradas serras algumas elevações entre 50 a 100 metros de altitude. Há situações que são verdadeiras cuestas. Escarpa é uma rampa ou aclive de terrenos que aparecem nas bordas das elevações, chamadas de planaltos, serras ou morros testemunhos. Há dois tipos de escarpa: as de origem tectônica, produzidas por grandes movimentações da natureza, como as do Planalto Atlântico. O outro tipo de escarpa é a de erosão, como ocorre no território sul-mato-grossense, cujos resultados abruptos foram escavados pelos agentes erosivos (vento, chuva e temperatura). A cuesta, por sua vez, é uma forma de relevo dissimétrico que apresenta um declive suave em seu reverso, e um corte abrupto ou íngreme em seu front, ou na chamada frente de cuesta. É o tipo de relevo que predomina nas bacias sedimentares, como é o caso onde se assentam as elevações daquilo que se chamam serra de Maracaju.

Mas, as 49 serras que aparecem nas cartas topográficas que cobrem o território sul-mato-grossense, continuarão sendo chamadas de serras, porém com as devidas explicações de suas características geomorfológicas, muito mais com feição de planalto, como a serra de Maracaju, ou de cânions, como aos que ocorrem na serra da Bodoquena.



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