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Por que o rio Ivinhema é chamado de rio sem cabeceira?

Por que o rio Ivinhema é chamado de rio sem cabeceira? Etimologia. A origem da palavra Ivinhema apresenta diferentes explicações, entre as quais, “rio sem cabeceira”. Localização do rio. Em Mato Grosso do Sul, Ivinhema é nome de município e de rio. O rio é afluente, pela margem direita, do rio Paraná, sendo limite entre os municípios de Angélica e Nova Alvorada do Sul, Angélica e Nova Andradina, Ivinhema e Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul e Nova Andradina, Taquaruçu e Novo Horizonte do Sul, Taquaruçu e Jateí.

Por que rio sem cabeceira? Porque o rio Ivinhema não nasce, ele é formado, e nesse caso pelos rios Vacaria e Brilhante. Divergências. Todavia, as referências bibliográficas e de hidrografia apresentam divergência quanto aos formadores do rio Ivinhema. Alguns autores, como José de Melo e Silva e Acyr Vaz Guimarães, que apontam os rios Dourados e Brilhante como formadores do Ivinhema; outros, os rios Brilhante e Vacaria; e, ainda, como aparece na Carta do Estado, de Rondon, os rios Brilhante e Santa Maria.

Para não ter dúvidas quanto à formação do rio Ivinhema. Justifica-se estabelecer os rios Brilhante e Vacaria como formadores do Ivinhema, por duas razões: 1ª) os órgãos estaduais adotaram esta versão e, assim, estabeleceram os limites intermunicipais; 2ª) analisando a geomorfologia (formas do relevo) da região, conclui-se que a disposição do relevo apresenta convergência entre os cursos de água dos rios Brilhante e Vacaria, resultado de ocorrências geológicas passadas, em milhões de anos, fazendo com que esses rios apresentassem características similares quanto à formação.

História. A primeira referência ao Ivinhema parece ser de Céspedes e Xeria (citado por Taunay), que navegou pelo rio Paraná em 1628, quando se refere ao rio Miney (rio que não corre). No século 18, passa a ser denominado Yaguari ou Monici. Possivelmente, o Yaguari fosse o Ivinhema com o rio Dourados; o Monici, o Ivinhema com o rio Brilhante. Foi conhecido também pelo nome de Três Barras e, como relata Joaquim Francisco Lopes (em Derrotas, IHGMS, 2010, p. 130), chamado, pelos índios, de Iragui (rio de muitas ondas).

Questão ambiental. A questão ambiental do rio Ivinhema já foi objeto de preocupação quando suas áreas de várzeas passaram a ser protegidas pelo Decreto-lei n. 9.278, de 17 de dezembro de 1998, com a criação do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema – PEVRI, abrangendo os municípios de Naviraí, Taquaruçu e Jateí, numa área de 73.345,15 hectares, limitando-se ao norte com os rios Guiraí, Ivinhema, Curutuba, Baía e o canal de Araçatuba; ao sul com o rio Laranjaí; ao leste com o rio Paraná e ao oeste com diversas propriedades particulares. Sua sede localiza-se em porto Peroba. O PEVRI constitui-se no primeiro parque criado em Mato Grosso do Sul. A criação desse parque pautou-se como medida compensatória das alterações ambientais ocorridas com a construção da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Mota (conhecida como Usina de Porto Primavera) objetivando proteger os fragmentos de floresta, os remanescentes de várzea e os ecossistemas associados dos rios Ivinhema e Paraná.

Fonte: MENECOZI, Arnaldo Rodrigues. ‘Rio sem cabeceira’ e sua importância para Mato Grosso do Sul. Campo Grande, MS: O Estado, 18 abr. 2015, p. C7.



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