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Onde se localizava o salto Jupiá?

Onde se localizava o salto Jupiá? O salto Jupiá, antes de seu alagamento, localizava-se na altura da cidade de Três Lagoas, no rio Paraná. Foi inundado em 1974 pelas águas da represa da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sousa Dias, conhecida também por Jupiá. Etimologia. Jupiá, palavra de origem tupi, significa covo (balaio cônico) e por extensão, redemoinho. Moreira Pinto, em 1896, explica que jupiá é um “redemoinho nas águas de um rio, espécie de voragem, que o navegador deve evitar para se não expor a grande perigo”. História. A referência a Jupiá mais antiga que se encontrou, de 1628, é de D. Luís de Céspedes Xeria (governador nomeado do Paraguai): “Entrando no Paraná [naquele ano], assustou-o muito o rebojo do Jupiá:

‘Grandíssimos remolinos, de água y mucho peligro para las canoas, donde me desembarqué con toda mi gente, siendo por tierra gran pedazo y las canoas por este peligro’”. 

Outros relatos. O sargento-mor Teotônio José Juzarte, em seu diário, ao descer o rio Paraná, em 1769, relata o perigo que representava “um redemoinho em porção circular”, chamado Jupiau. Aparece, em outros relatos, a variante Iupiaçu. O salto Jupiá era, como escreveu Cabral Camelo, que por lá passou em 1727, um canal muito estreito cercado de pedraria, causando fortes redemoinhos, dificultando sobremaneira a navegação. Praticamente todos os escritos monçoeiros fazem alusão às dificuldades de navegação naquele ponto. Moreira Pinto (1896, verbete), explica que

“(Jupiá) como nome próprio de localidade, existe em certa paragem do rio Paraná, abaixo da foz do Tieté. Correntesa forte, com rodamoinhos e escarceos, ou Banzeiros no rio Paraná entre o Tieté, do qual dista uns 10 kils., e o rio Verde. Nesse sitio passa o Paraná apertado entre duas paredes do podernaes, e n’um canal apenas 22º e com extraordinária velocidade e ímpeto”.

Não confundir com o salto Urubupungá.

Fontes:

CAMPESTRINI, Hildebrando et al. Enciclopédia das Águas de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, MS: IHGMS, 2014.

JUZARTE, Teotônio José. (Org. SOUZA, Jonas Soares de, MAKINO, Miyoko. Diário de navegação (1769-1771). São Paulo: Edusp, 2000. [1769].

PINTO, Alfredo Moreira. Dicionario Geographico do Brazil. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1896. V. 2.



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