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O que é o meandro de um rio?

O que é o meandro de um rio?

Artigo publicado no jornal O Estado, de Campo Grande, 7 de março de 2015, p. C7)

Org. Prof. Arnaldo Rodrigues Menecozi

(Professor e Associado Efetivo do IHGMS)

Nos estudos referentes aos rios, são encontrados, basicamente, dois tipos: os de planalto e os de planície. Os de planalto têm a principal característica de possuir, ao longo do leito, quedas d’água, muitas vezes aproveitadas para a construção de usinas hidrelétricas, como o rio Paraná. Os rios de planície são propícios à navegação e apresentam muitas sinuosidades, chamadas de meandros, como o rio Miranda.

Afinal, o que é meandro de um rio? É sinuosidade descrita pelos cursos de água, com harmonia e semelhança, principalmente em áreas de planície, levando-os a se afastarem da sua posição normal, surgindo curvas acentuadas pela ação da erosão na margem côncava (interna) e deposição de detritos na convexa (externa).

Alguns meandros são abandonados pelo curso de água, passando a percorrer em outro trajeto. Quanto maior a planície e menor a declividade, há uma diminuição na velocidade e na capacidade de transporte de detritos pelo rio. Esse tipo de meandro é denominado divagante, sendo específico de uma planície aluvial, como ocorrem com as sinuosidades dois rios Paraguai e Taquari, na área do Pantanal em Mato Grosso do Sul.

O outro tipo de meandro é o encaixado, quando o curso de água acompanha a sinuosidade do vale, como, por exemplo, trechos de rios de planalto sul-mato-grossenses, como o Brilhante, especialmente entre a foz dos rios Santa Maria e Dourados.

Os elementos componentes de uma faixa de meandro são: zona de deposição de detritos, na margem convexa; banco de solapamento, na margem côncava; colo de meandro, localizado entre duas sinuosidades côncavas, que separa esses dois braços do meandro, podendo, com a ação erosiva, estrangulá-los e, em épocas de cheias, tornarem-se um único leito. Há, também, meandros abandonados que já não possuem ligação direta com o atual curso de água, mas podem, com as cheias, se transformar em corixos, baixada, brejo, braço, lagoa, etc. Em Mato Grosso do Sul há registros de mudanças do leito do rio Taquari e da foz do rio São Lourenço, na divisa com o estado de Mato Grosso.

O termo meandro originou-se do rio Meandro, hoje Menderes, de curso extremamente sinuoso, com extensão aproximada de 350 km, localizado na Anatólia, na parte asiática da Turquia, denominada de Ásia Menor. Esse rio era chamado pelos gregos de Maíandros, originando no latim Maeander e, posteriormente, Maeandrus.

Na língua portuguesa a palavra é documentada, pela primeira vez, no século XVI, por influência do francês méandre. A partir do século XIX há o uso comum da palavra meandro, originada do espanhol e do italiano.



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