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Há leque aluvial no rio Taboco?

Há leque aluvial no rio Taboco? Primeiro: o que é leque aluvial? Leque aluvial é o depósito de sedimentos ou fragmentos de rochas, geralmente encontrados em encostas de escarpas ou em áreas planas. Em Mato Grosso do Sul, a planície pantaneira tem vários exemplos clássicos de leque aluvial ou cone de dejeção, como também é conhecido. Quando esse depósito é pouco expressivo recebe o nome de tálus ou talude. O nome leque aluvial é devido à forma característica como os sedimentos vão se espraiando na planície. Rio Taboco. O rio Taboco é afluente, pela margem esquerda, do rio Negro, no município de Aquidauana. Nasce numa área de depressão da borda ocidental das elevações planálticas de Maracaju, no município de Corguinho, deslocando-se, posteriormente, para a região pantaneira, formando, o que se conhece na região, pelo nome Brejão do Taboco. História. Às margens do rio Taboco acampou a Força Expedicionária de Mato Grosso, quando, em 1866, partindo de Coxim, se dirigiu a Miranda. Num mapa do então Mato Grosso, confeccionado, em 1880, por Francisco Antonio Pimenta Bueno, o referido rio foi grafado como Daboco. Geomorfologia. Pela localização do rio Taboco na planície pantaneira, desde 2007, há estudos referentes à formação de leque do seu leito, com forte aspecto geomorfológico, caracterizado por sistemas deposicionais, sendo resultados de evolução complexa e, semelhante à área do Pantanal, com dinâmica sedimentar. Literatura. Renato Alves Ribeiro (2010), cujo tronco familiar vem desde as primeiras décadas do século XIX na região do Taboco, as seguintes recordações:

A fundação da fazenda Taboco precinta-se aos acontecimentos políticos verificados em Cuiabá, que culminaram no sangrento motim de 30 de maio de 1834, agrominado de Rusga. (...)

Não posso precisar bem a data da fundação do Taboco, mas calculo que tenha sido entre 1820 e 1830, pois o papai me dizia que conheceu uma carta em que seu antepassado pedia ao capataz para pegar o maior número possível de bois para aproveitar o bom preço de sete mil réis que corria na época. Esta carta era datada de 1837.

Taunay cita-nos o capataz da fazenda quando por lá passou. Era homem muito pratico e grande conhecedor da região, cujo nome e apelido registrou. Chamava-se Antônio Maria Alves Ribeiro, com apelido de Tonhá. Suponho que devia ser um sobrinho do proprietário João Alves Ribeiro.

Fontes:

CAMPESTRINI, Hildebrando et al. Enciclopédia das Águas de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, MS: IHGMS, 2014.

RIBEIRO, Renato Alves. Taboco: 150 anos – Balaio de recordações. 2. ed. Campo Grande, MS: IHGMS, 2010. Série Memória Sul-Mato-Grossense, Volume III.



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