Personalidades

09/05/1893

EUCLIDES ZENÓBIO DA COSTA

EUCLIDES ZENÓBIO DA COSTA

 

(Corumbá - MS, 09 de maio de 1893 / Rio de Janeiro - RJ, 29 de outubro de 1963).

Neto e filho de militares, seu pai Gen. Div. José Zenóbio da Costa (foi Diretor do Arsenal de Guerra de Mato Grosso) e de Hermínia Mendes Gonçalves da Costa. Ingressou no Colégio Militar do Rio de Janeiro, no ano de 1903. Assentou praça em 30 de dezembro de 1911, no 2.º Regimento de Cavalaria Divisionária. Aspirante a Oficial em 1915, participou da repressão à Revolta do Contestado, quando trabalhadores e proprietários rurais se enfrentaram na divisa dos Estados de Santa Catarina e Paraná, entre os anos de 1915 e 1916. Prosseguiu seus estudos na Escola Militar do Realengo, onde concluiu os cursos de Infantaria e Cavalaria, em 1916. Promovido a 2.º Tenente em 05 de julho de 1917, e 1.º Tenente em 12 de janeiro de 1922. Combateu o “Tenentismo”, levante militar promovido por jovens oficiais, no Rio de Janeiro, em 1922, contra a posse de Artur Bernardes na Presidência da República, episódio conhecido como “Os 18 do Forte”. Voltou a combater em nova rebelião, agora no sul do país, em 1924, no movimento que originou a “Grande Marcha” (Coluna Prestes). De 1926 a 1930 exerceu os cargos de Chefe de Polícia e de Comandante da Força Pública do Maranhão, ocupando provisoriamente o cargo de prefeito da capital, São Luís. Promovido a Capitão em 26 de julho de 1928. Em 1930 apoiou a queda do, então, presidente Washington Luís, levando ao poder Getúlio Dornelles Vargas. Na “Revolução Constitucionalista de 32”, ocorrida no Estado de São Paulo e sul de Mato Grosso, hoje Estado de Mato Grosso do Sul, no posto de Major, promovido que foi por ato de bravura, em 05 de agosto daquele ano, ficou do lado do governo. Cursou, após, a Escola de Infantaria. Em 1935, dirigiu a Polícia Municipal do Distrito Federal, a convite do prefeito Pedro Ernesto. Em novembro deu combate à insurreição promovida por membros da Aliança Nacional Libertadora (ANL), formada por comunistas, socialistas e outras correntes de esquerda contra o governo federal. A 3 de maio de 1936 foi promovido a Tenente-Coronel. Cursou a Escola de Estado-Maior do Exército, sendo promovido a Coronel, a 3 de maio de 1938, passando a comandar o 3.º Regimento de Cavalaria. Assumiu o comando do 8.º Batalhão de Caçadores, em São Leopoldo (RS), por indicação do Gen. Daltro Filho, Comandante da 3.ª Região Militar. Foi promovido a General-de-Brigada em 29 de agosto de 1941 e, após, nomeado comandante da 8.ª Região Militar, em Belém (PA), onde permaneceu até 1943. Viajou para os Estados Unidos para realizar cursos de aperfeiçoamento militar. Ainda em 1943, face à declaração de guerra do Brasil contra os países do Eixo, ingressa como voluntário na Força Expedicionária Brasileira (FEB), sendo designado pelo Gen. Eurico Gaspar Dutra para comandar a Infantaria Divisionária, e subcomandante da FEB. Partiu para o teatro de operações na Itália, em 02 de julho de 1944, no 1.º escalão de embarque. Idealizou a formação da Polícia Militar da FEB, que viria a ser embrião da Polícia do Exército. Dos generais brasileiros era o que detinha maior prestígio na tropa, destacando-se pela coragem pessoal, segundo oficiais da época. Promovido a General-de-Divisão, em 09 de maio de 1946, comandou a Zona Militar Leste e 1.ª Região Militar, no Rio de Janeiro. Por ocasião da desmobilização da FEB, fez apelo pela manutenção da Companhia de PE, no que foi atendido, recebendo a denominação de 1.ª Companhia de Polícia do Exército (1.ª Cia PE). Promovido a General-de-Exército em 02 de março de 1951. Tendo se manifestado a favor do 2.º mandato do Presidente Getúlio Dornelles Vargas, assumiu em 1954 o Ministério da Guerra, cargo que ocupava quando do suicídio do presidente. Defendeu a posse de Juscelino Kubitscheck de Oliveira na Presidência da República, então contestada por alguns setores das Forças Armadas. Transferido para a reserva em 10 de maio de 1957, foi elevado ao posto de Marechal do Exército. Exerceu o cargo de Embaixador na República do Paraguai, nos anos de 1958 a 1961. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1963. Casado com a senhora Dracília Ferraz Zenóbio da Costa, teve duas filhas: Sylvia e Heliete. Hoje o 1º Batalhão de Polícia do Exército, com sede no Rio de Janeiro, tem como designação histórica o nome de “Batalhão Marechal Zenóbio da Costa”.

(CEC).

 

Fontes:

PÓVOAS, Nilo. Galeria dos varões ilustres de Mato Grosso. São Paulo: Vaner Bícego. Vol. 1.

PINTO JÚNIOR, Domingos Ventura (Gen.). Vida militar do Marechal Zenóbio da Costa. 1993.

PINTO JÚNIOR, Domingos Ventura (Gen.); TOSCANO, Murilo (Cel.). General Zenóbio da Costa. 1999.

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